quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ser


Sentir. É preciso sentir.

Sentir e existir.

Existir é apenas ser.

Para ser, basta ser... você.

Perceber e notar.

Viver, querer ser.

Poder sentir.

Saber viver e cantar.

Cantar e dançar.

Tocar, acariciar, amar,

conquistar... sentir.

Sonhar... realizar.

Mudar e ver o melhor sentido.

O sentido da vida.

Sentir o infinito.

Ser o infinito.

Viver no infinito.

Sorrir infinitamente.

Viver infinitamente.

O que é a semente?

O fim é o começo.

O começo do ciclo.

Do ciclo sem fim.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A chama




A chama de um amor verdadeiro,
nunca se apaga.
Se esse amor por algum motivo
for afastado,
a chama ficará adormecida,
e assim que for retomado,
a chama renascerá em dobro.
Um verdadeiro amor,
nunca é esquecido,
sempre permanece...
mesmo escondido atrás do tempo,
no inconsciente permanece
muitas vezes intacto;
sem que saibamos,
ele está lá.


Jéssica N. Brandão

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Buscar e encontrar





Um olhar,
Um gesto,
Uma palavra,
E um sorriso.

Buscar na simplicidade
A beleza.

Buscar em teus braços,
O aconchego.
Unir nossas bocas,
Unir nossas almas,
Viajar no seu olhar.

As respostas das minhas perguntas...
...Em você eu vou achar.



Jéssica N. Brandão

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O fim é apenas o começo




Os dias passam tão dispercebidos,
que percebo apenas quando a lua chega,
que perdi o sol.


Mais um dia chegou ao fim
e nem reparei no seu começo.
Porém, esse fim é apenas o começo,
o começo da noite.



Jéssica N. Brandão

O reflexo




O reflexo do meu passado, é o meu presente.

O sol nasce atrás de mim.

Vejo o meu reflexo na minha frente,

nos vidros da janela lavados pela chuva.

Seu brilho intenso se propaga e me cega.

Eu paro e penso.
O que ficou pra trás , se reflete lá na frente.

O meu presente é o meu passado refletido.

É o oposto.
O oposto do passado que reflete.

O presente é o oposto do passado refletido.

O passado é o sol que se esconde, fica atrás.

O presente é o reflexo do sol que se esconde.

O meu presente está na minha frente.

Naquela janela com meu passado refletido, mas

que se mostra o oposto em minha frente.



Jéssica N. Brandão

Coração Silvestre



Caminhando com os pés nos bosques frios, as serpentes são ausentes; progrido em silêncio.

Com os olhos fechados, tenho a sensação de estar sentindo o aroma da flor do universo, porém, empalidecem as rosas no outono em seu jardim.

Minhas pegadas transparentes ressurgem na folhagem, enquanto no crepúsculo apagado, dou asas à minha alma derramando minhas lembras.

Com as pupilas dilatadas, sinto o frescor da água em porções cristalinas; sigo o meu rumo cruzando a aurora com pálpebras de pétalas de rosa; eterno coração silvestre, onde, numa nuvem de tristeza, florescem as rosas deslumbrantes.

Na imensidão do céu, procuro o firmamento; na margem do rio, curo feridas e a espada crava o meu pranto.

Neste contato com a dança das cores, olho o encanto da sua formosura.

Ainda existe muita pureza no meu coração, porém, dele escorre o fel e o mel.

No meu destino, proclamo a pureza renunciando a morte.

Apensas o silêncio permanece intacto.



Jéssica N. Brandão

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nada mais





A resistência do abandonamento,
o puro precentimento,
se perdem logo de chegada.
Nesta morada não há mais sugestões.
A poeira se perde nas horas,
isto já é um fato.
Todos os pratos já foram quebrados.
Tantos pratos sobre a pia... nenhum deles lavado.
Um coração mofando dentro do armário.
Uma pena presa no assoalho.
O ar se esconde atrás da porta.
Nem a vela acende mais.
O que resta?
Nada mais.



Jéssica N. Brandão