quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A chama




A chama de um amor verdadeiro,
nunca se apaga.
Se esse amor por algum motivo
for afastado,
a chama ficará adormecida,
e assim que for retomado,
a chama renascerá em dobro.
Um verdadeiro amor,
nunca é esquecido,
sempre permanece...
mesmo escondido atrás do tempo,
no inconsciente permanece
muitas vezes intacto;
sem que saibamos,
ele está lá.


Jéssica N. Brandão

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Buscar e encontrar





Um olhar,
Um gesto,
Uma palavra,
E um sorriso.

Buscar na simplicidade
A beleza.

Buscar em teus braços,
O aconchego.
Unir nossas bocas,
Unir nossas almas,
Viajar no seu olhar.

As respostas das minhas perguntas...
...Em você eu vou achar.



Jéssica N. Brandão

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O fim é apenas o começo




Os dias passam tão dispercebidos,
que percebo apenas quando a lua chega,
que perdi o sol.


Mais um dia chegou ao fim
e nem reparei no seu começo.
Porém, esse fim é apenas o começo,
o começo da noite.



Jéssica N. Brandão

O reflexo




O reflexo do meu passado, é o meu presente.

O sol nasce atrás de mim.

Vejo o meu reflexo na minha frente,

nos vidros da janela lavados pela chuva.

Seu brilho intenso se propaga e me cega.

Eu paro e penso.
O que ficou pra trás , se reflete lá na frente.

O meu presente é o meu passado refletido.

É o oposto.
O oposto do passado que reflete.

O presente é o oposto do passado refletido.

O passado é o sol que se esconde, fica atrás.

O presente é o reflexo do sol que se esconde.

O meu presente está na minha frente.

Naquela janela com meu passado refletido, mas

que se mostra o oposto em minha frente.



Jéssica N. Brandão

Coração Silvestre



Caminhando com os pés nos bosques frios, as serpentes são ausentes; progrido em silêncio.

Com os olhos fechados, tenho a sensação de estar sentindo o aroma da flor do universo, porém, empalidecem as rosas no outono em seu jardim.

Minhas pegadas transparentes ressurgem na folhagem, enquanto no crepúsculo apagado, dou asas à minha alma derramando minhas lembras.

Com as pupilas dilatadas, sinto o frescor da água em porções cristalinas; sigo o meu rumo cruzando a aurora com pálpebras de pétalas de rosa; eterno coração silvestre, onde, numa nuvem de tristeza, florescem as rosas deslumbrantes.

Na imensidão do céu, procuro o firmamento; na margem do rio, curo feridas e a espada crava o meu pranto.

Neste contato com a dança das cores, olho o encanto da sua formosura.

Ainda existe muita pureza no meu coração, porém, dele escorre o fel e o mel.

No meu destino, proclamo a pureza renunciando a morte.

Apensas o silêncio permanece intacto.



Jéssica N. Brandão

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nada mais





A resistência do abandonamento,
o puro precentimento,
se perdem logo de chegada.
Nesta morada não há mais sugestões.
A poeira se perde nas horas,
isto já é um fato.
Todos os pratos já foram quebrados.
Tantos pratos sobre a pia... nenhum deles lavado.
Um coração mofando dentro do armário.
Uma pena presa no assoalho.
O ar se esconde atrás da porta.
Nem a vela acende mais.
O que resta?
Nada mais.



Jéssica N. Brandão

domingo, 2 de agosto de 2009

Por onde?


Por onde andar?
Por onde você quer chegar?
Por onde passar?
Por um lugar?
Por um bar?
Em qual deles
você vai estar?



Jéssica N. Brandão

Escorria pelo ralo



Poderia se entregar.
Mudaria de endereço.
Não podia mais negar.

Escorria...

Sua vida escorria pelo ralo.
Com sorte, ainda podia ver
a esperança de um dia viver.
Buscava em cada passo
a coragem de continuar.
Pensava em fugir,
iria embora e jamais voltaria,
mas era muito nova.

Esperaria mais alguns anos...
Esperava florescer o seu deserto.
Esperava a solidão ser levada pelo ralo.
Esperava que sua vida fosse vivida
e não mais escorrida pelo ralo.

Jéssica N. Brandão