Caminhando com os pés nos bosques frios, as serpentes são ausentes; progrido em silêncio.
Com os olhos fechados, tenho a sensação de estar sentindo o aroma da flor do universo, porém, empalidecem as rosas no outono em seu jardim.
Minhas pegadas transparentes ressurgem na folhagem, enquanto no crepúsculo apagado, dou asas à minha alma derramando minhas lembras.
Com as pupilas dilatadas, sinto o frescor da água em porções cristalinas; sigo o meu rumo cruzando a aurora com pálpebras de pétalas de rosa; eterno coração silvestre, onde, numa nuvem de tristeza, florescem as rosas deslumbrantes.
Na imensidão do céu, procuro o firmamento; na margem do rio, curo feridas e a espada crava o meu pranto.
Neste contato com a dança das cores, olho o encanto da sua formosura.
Ainda existe muita pureza no meu coração, porém, dele escorre o fel e o mel.
No meu destino, proclamo a pureza renunciando a morte.
Apensas o silêncio permanece intacto.
Jéssica N. Brandão